Akle Abraço


Desde já meu muito obrigado por visitar meu blog. Forte abraço, e volte sempre.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

COMO A IGREJA ESTÁ ACOLHENDO OS/AS JOVENS?

            Pergunta difícil de ser respondida principalmente pela pluralidade que ela traz nas principais palavras: IGREJA E JOVENS. Somo uma só Igreja, mas diversos são os jeitos de nos organizarmos e como Igreja nós temos variadas formas de entender a vida em comunidade, apesar de seguirmos o mesmo Evangelho e a mesma doutrina, nossa Igreja é enorme e muito plural. Por falar em pluralidade precisamos também dizer que falar de juventude é lembrar toda a diversidade que ela traz consigo e por isso é preciso muito cuidado para responder essa questão.
A Igreja começa a conhecer e a organizar os jovens através da Ação Católica Especializada, onde tínhamos os grupos JAC, JEC, JIC, JOC e JUC, os quais trabalhavam com os jovens das realidades: agrária, estudantil, independente, operária e universitária respectivamente. Essa foi a primeira forma que a Igreja encontrou para acolher e cuidar da juventude daquela época, depois vieram as herdeiras dessa organização que foram as Pastorais da Juventude: a PJMP, para organizar os/as jovens das classes mais populares e dos setores da sociedade mais excluídos e esquecidos, a PJE, para articular os/as jovens da escola, a PJR para envolver os/as jovens do campo e a PJ para acompanhar os/as jovens dos grupos das comunidades.
Assim foi por muito tempo o jeito que a Igreja adotou para revelar o seu rosto jovem e nesses grupos através de vários elementos pedagógicos e proféticos foi formando jovens protagonistas, conscientes e construtores/as do Reino de Deus, da tão sonhada Civilização do Amor.
Com o passar do tempo a Igreja foi encontrando outras formas de acolher e organizar a juventude, daí foram surgindo vários grupos, movimentos, novas comunidades, congregações, etc. As Pastorais da Juventude não perderam o seu espaço, mas foi aprendendo a partilhá-lo com as inúmeras expressões juvenis que foram aparecendo pelo caminho. Com essa diversidade de formas de organização, os/as jovens passaram a de forma livre, quando é possível, escolher o grupo com o qual se identifica e através dele viver o seu jeito de ser Igreja e de encontrar-se com Jesus Cristo.
O perigo é quando a Igreja não está pronta para acolher essas diversas expressões e põe entre os grupos métodos de comparação e até mesmo de hierarquia. Não nos cabe determinar qual é a melhor forma de se organizar e acolher a juventude, é preciso nos preparar para que consigamos dialogar com esses/as jovens e apontar para eles/as caminhos que proporcionem uma formação religiosa e social que lhes promovam um amadurecimento no processo de educação na fé.
Pesquisas apontam que a grande maioria dos/as jovens acredita em Deus, mas não possuem vínculos de compromisso com as religiões. Penso que esses dados nos desafiam quando propomos através da Igreja uma vivência do/a jovem com Deus e a juventude, mesmo crendo em Deus, não encontra na religião um espaço interessante e atraente.
O que nos falta? Pensando nessa questão gostaria de apontar algumas questões fundamentais: Promover espaços de escuta onde os/as jovens possam partilhar as suas vidas, ajudar ao jovem a perceber o valor e a beleza da espiritualidade enraizada, inculturada e libertadora, não fazer pelo/a jovem respeitar o protagonismo da juventude, estimular a construção de projetos de vida pessoais e comunitários, incentivar espaços de reflexão e aprofundamento das questões de afetividade e sexualidade, derrubar as cercas e ir ao encontro dos/as jovens em suas realidades, formar lideranças coerentes e testemunhas da sua fé, valorizar e apoiar as diversas iniciativas artísticas do mundo juvenil e estimular a juventude a viver bem a sua militância assumindo uma causa para doar a sua vida e para colaborar na construção do mundo mais justo e mais pacífico como todos/as sonhamos.
Como Igreja nós estaremos acolhendo cada vez melhor a juventude quando amarmos de forma incondicional, gratuita cuidadosa e respeitosa cada um e cada uma que se coloca a disposição para somar nesta comunidade de discípulos/as missionários/as de Jesus Cristo. 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Download

Ressurreição x Reencarnação

Ao clicar em cima do nome vc podera
fazer Download do arquivo completo!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Homenagem aos Papais, Mamães, e avós e avôs.......


Quando você era bem pequeno...

...eles gastavam horas lhe ensinando a usar talheres nas refeições
...ensinando você a se vestir, amarrar os cadarços dos sapatos,
fechar os botões da camisa
...limpando-o quando você sujava suas fraldas
...lhe ensinando a lavar o rosto, a se banhar, a pentear seus cabelos...
...lhe ensinando valores humanos...

Por isso, quando eles ficarem velhos um dia...

...quando eles começarem a ficar mais esquecidos e demorarem
a responder, não se chateie com eles
...quando eles começarem a esquecer de fechar botões da camisa,
de amarrar cadarços de sapato...
...quando eles começarem a se sujar nas refeições...
...quando as mãos deles começarem a tremer enquanto penteiam cabelo...
Por favor, não os apresse porque você está crescendo aos poucos e eles envelhecendo...
...basta sua presença... sua paciência... sua generosidade... sua retribuição...
...para que os corações deles fiquem aquecidos...
...se um dia eles não conseguirem se equilibrar ou caminhar direito...
...segure firme as mãos deles e os acompanhe bem devagar respeitando o ritmo deles durante a caminhada da mesma forma como eles respeitaram o seu ritmo quando lhe ensinaram a andar...
fique perto deles...assim como eles sempre estiveram presentes em sua vida, torcendo por você....
e vivendo "POR VOCÊ

PAPA AOS SEMINARISTAS: “VOCÊS ESTÃO A CAMINHO DE UMA META SANTA!”


No penúltimo dia de Jornada Mundial da Juventude, pela manhã o Papa Bento XVI presidiu a missa na Catedral de Almudena. A celebração foi voltada aos futuros sacerdotes. “Como seminaristas, estais a caminho para uma meta santa: ser continuadores da missão que Cristo recebeu do Pai”, disse o Santo Padre.
Sobre o período que antecede a ordenação sacerdotal, Bento XVI deu aconselhou os jovens seminaristas.
“Em primeiro lugar, devem ser anos de silêncio interior, de oração permanente, de estudo constante e de progressiva inserção nas atividades e estruturas pastorais da Igreja. Meditai bem este mistério da Igreja, vivendo os anos da vossa formação com profunda alegria, em atitude de docilidade, de lucidez e de radical fidelidade evangélica, bem como numa amorosa relação com o tempo e as pessoas no meio de quem viveis”.
Por fim, Bento XVI lembrou Nossa Senhora.
“Olhai sobretudo para a Virgem Maria, Mãe dos sacerdotes. Ela saberá forjar a vossa alma segundo o modelo de Cristo, seu divino Filho, e vos ensinará incessantemente a guardar os bens que Ele adquiriu no Calvário para a salvação do mundo”.
No final da celebração o Papa anunciou a proclamação de São João de Ávila o 34º Doutor da Igreja Universal, indicando-o como exemplo aos sacerdotes

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Vocação, Jovem Deus te chama...




“É necessário cuidar da vida espiritual dos jovens”

CIDADE DO VATICANO – Uma ação missionária mais incisiva traz como fruto precioso, junto ao fortalecimento da vida cristã em geral, o aumento das vocações de especial consagração.

Isso é o que afirma o Papa Bento XVI em sua mensagem ao Congresso Continental Latino-Americano sobre Vocações.

No texto, e em relação com a mensagem conclusiva da Assembleia de Aparecida, o Papa afirma que “a abundância de vocações é um sinal eloquente de vitalidade eclesial, assim como da forte vivência da fé por parte de todos os membros do Povo de Deus”.

A Igreja, explica o Papa, “no mais íntimo do seu ser, tem uma dimensão vocacional”. Portanto, “a vida cristã participa também dessa mesma dimensão vocacional que caracteriza a Igreja”.

“Na alma de cada cristão, ressoa sempre novamente aquele ‘segue-me’ de Jesus aos apóstolos, que transformou para sempre suas vidas”, sublinha.

Por outro lado, recordando o convite à grande missão continental, lançado na Assembleia de Aparecida, acrescenta que esta tarefa “requer um número cada vez maior de pessoas que respondam generosamente ao chamado de Deus e se entreguem completamente à causa do Evangelho”.

Vida espiritual

Dentro dos fatores que levam ao despertar de uma vocação, o Papa indica especialmente o cuidado da vida espiritual, precisamente porque “a vocação não é fruto de nenhum projeto humano ou de uma hábil estratégia administrativa”.

Pelo contrário, trata-se de “uma iniciativa misteriosa e inefável do Senhor, que entra na vida de uma pessoa cativando-a com a beleza do seu amor e suscitando, por conseguinte, uma entrega total e definitiva a esse amor divino”.

Por isso, o Papa recorda aos bispos latino-americanos que “é preciso ter sempre presente a primazia da vida do espírito como base de toda programação pastoral”.

“É necessário oferecer às jovens gerações a possibilidade de abrir seus corações a uma realidade maior: Cristo, o único que pode dar sentido e plenitude às suas vidas.”

“O testemunho fiel e alegre da própria vocação foi e é um meio privilegiado para despertar em tantos jovens o desejo de seguir os passos de Cristo. E, junto a isso, a valentia de propor-lhes com delicadeza e respeito a possibilidade de que Deus também pode chamá-los.”

Além disso, acrescenta a pastoral vocacional “deve estar plenamente inserida no conjunto da pastoral geral, com uma presença capilar em todos os âmbitos pastorais concretos”.

“A experiência nos ensina que, onde há uma boa planificação e uma prática constante da pastoral vocacional, não faltam vocações. Deus é generoso, e igualmente generoso deveria ser o empenho pastoral vocacional em todas as igrejas particulares”, conclui

terça-feira, 9 de agosto de 2011

RETORICA DE ARISTOTALES


Aristóteles

Um pouco de história…
Aristóteles nasceu em Estagira, no norte da Grécia, em 384 a.C., e morreu na ilha de Euboea em 322 a.C. Aluno de Platão na Academia, fundador de sua própria escola - o Liceu - e tutor de Alexandre, o Grande,  Aristóteles foi a primeira pessoa a dar importância ao estudo sistemático das diversas disciplinas das artes e ciências que surgiam como entidades separadas pela primeira vez no século IV a.C., inclusive no que diz respeito à definição dos conceitos básicos e das relações entre cada uma.

A Filosofia como instituição e meio social.
A filosofia não é só o nome de uma prática intelectual, é também o nome de uma disciplina escolar, acadêmica, que se registra em textos que vão sendo acumulados, formando uma vasta bibliografia, que por sua vez vai necessitando de uma tradição de interpretação. Isto faz com que a filosofia também se torne, com o tempo, numa atividade coletiva. As formas socialmente consolidadas dessa atividade influem, então, sobre o próprio conteúdo do pensamento filosófico.
O leigo que vem de fora vai gastar bons anos da sua vida somente para adquirir este conjunto de reações que fará com que se sinta um membro da comunidade, e ao fazer isto estará crente de aprender filosofia. E o que isto tudo tem a ver com filosofia? Rigorosamente nada, porque embora a filosofia necessite sempre de algum veículo social para existir, a história prova que ela não depende de nenhum deles, que tanto se faz boa e má filosofia numa hierarquia de clérigos como num grupo informal de amigos.
A partir do momento em que se forma um ensino mais ou menos regular de filosofia — o que acontece na Academia Platônica e depois no chamado Liceu de Aristóteles (que na realidade veremos que não existiu efetivamente como entidade autônoma, sendo apenas um novo sector da Academia, dirigido por Aristóteles após a morte de Platão) -, a filosofia começa a constituir um meio social, e surgem as invejas, a competição mesquinha, etc. Estes aspectos são geralmente desdenhados, mas eles dão-nos o tom do pensamento do nosso tempo, onde a organização acadêmica da atividade filosófica chegou a um máximo de abrangência, eficácia e poder. A competição no meio profissional não é propícia ao desenvolvimento da filosofia, pois o decisivo nela não são as qualidades que fazem um filósofo, e sim as que fazem um hábil manejador social.
A Retórica de Aristóteles no ambiente mental grego.
A influência do meio social imediato no destino das filosofias é importante para compreendermos o lugar de Aristóteles no ambiente grego.
Quando Aristóteles entrou para a Academia Platônica, com dezoito anos de idade, destacou-se logo como um dos melhores alunos e foi incumbido de dar uma parte das aulas, o curso de Retórica. Este sucesso inicial foi recebido como um insulto pessoal por muitos dos seus colegas. Mais ainda; sendo a Retórica — curso que ele dava — a ciência teorética que investiga a arte da persuasão, ele logo dominou esta ciência, muito disseminada na época, e foi um dos primeiros a fazer dela uma especulação teórica. Porque a Retórica até então era apenas transmitida como técnica, como prática, e alguns levavam a vida inteira para dominar esta arte, que era a chave das ambições políticas. Aristóteles domina-a prontamente e começa a especular teoricamente. Isto consiste em perguntar: "Porque é que o argumento persuasivo é persuasivo?" e mesmo: "Porque é que um argumento logicamente fraco ou absurdo convence as pessoas, e outro que é razoável não as convence?".
Aristóteles começa sua carreira examinando a Retórica, exatamente como Sócrates havia feito. Sócrates via que os oradores, políticos, conseguiam persuadir as pessoas às vezes de coisas perfeitamente absurdas. Sócrates limitou-se a demonstrar que essas ideias eram absurdas, por mais persuasivas que parecessem. Aristóteles já dá, na juventude, um adianto na matéria. Começa a investigar as causas dessa persuasividade, e formula a ciência da Retórica como uma verdadeira Psicologia da Comunicação. O livro de Retórica de Aristóteles é um dos grandes livros de Psicologia que a humanidade conheceu. Ora, conhecendo por um lado a técnica, e já tendo, por outro, algumas ideias científicas sobre o fenômeno da persuasividade, Aristóteles não sabia apenas produzir argumentos persuasivos, mas também conhecia os princípios teóricos em que se baseava a persuasividade dos adversários. Isto significa que, com vinte e poucos anos, ele tinha-se tornado uma espécie de terror dos retóricos, que desmontava todos os argumentos deles com a maior facilidade. Aristóteles sintetizou, muito jovem, os dois papéis que mais tarde seriam denominados retor e retórico: o praticante da arte, o homem que escreve ou fala bem e o cientista que estuda e formula a teoria da Retórica.
A Retórica de Aristóteles…
Com tudo o que foi enunciado anteriormente, podemos constatar que com Aristóteles, a Retórica torna-se uma disciplina entre as outras.
Aristóteles foi o primeiro filósofo a expor uma teoria da argumentação, nos Tópicos e na Retórica, procurando um meio caminho entre Platão e os Sofistas, encarando a Retórica como uma arte que visava descobrir os meios de persuasão possíveis para os vários argumentos. Assim, esta pode ser deliberativa, se o auditório tiver que julgar uma ação futura; judicial, se o auditório tiver que julgar uma ação passada; e, epidítica se o auditório não tiver que julgar ações passadas nem futuras.
O seu objetivo é o de obter uma comunicação mais eficaz para o Saber que é pressuposto como adquirido. A retórica torna-se numa arte de falar de modo a persuadir e a convencer diversos auditórios de que uma dada opinião é preferível à sua rival. É neste contexto que surge o contexto de recepção: conjunto de opiniões, valores e juízos que um auditório partilha e que serão fundamentais na recepção do argumento, determinando a sua aceitação, a sua rejeição ou o seu grau de adesão.
Sendo baseada em critérios dialéticos, esta retórica torna-se a técnica de argumentação do verossímil, uma vez que as teses colocam-se como discutível no seio dos debates públicos. Qualquer um pode apresentar contra-argumentos à tese do orador, que é forçado a apresentar novos argumentos a fim de mantê-la credível.
Outra característica da retórica de Aristóteles e também muito importante, é a de que aqui, se pode distinguir três domínios: retórica, moral e verdade. É que o bom ou mau uso da retórica, ou seja, o uso da arte do bem falar para defender argumentos verdadeiros ou falsos, depende única e exclusivamente da ética de quem assim procede, isto é, da prioridade de valores morais que cada um vai estabelecendo ao longo da sua vida. Quer dizer que a retórica em si, não é boa nem má, o seu uso é que a torna boa ou má. Portanto, é uma ilusão pensar que a má retórica não tem sentido; se o homem é livre de se exprimir, são as suas intenções que determinarão o tipo de uso que fará da palavra.
Em suma, e tal como afirma Aristóteles: “A retórica não é meramente uma arte de persuasão, mas antes uma faculdade de descobrir especulativamente o que, caso a caso, pode servir para persuadir”.
É neste quadro definido por Aristóteles que a Retórica irá evoluir, confinando-se à uma arte de compor discursos que primavam pela sua organização e beleza (estética), desvalorizando-se a dimensão argumentativa cultivada pelos sofistas.

Sistematizando:
§            A retórica pode ser bem ou mal usada, não é ela que é moral, mas sim quem a utiliza.
§            Podem-se distinguir três domínios: retórica, moral e verdade.
§            A retórica é a técnica da argumentação do verossímil.
§            A retórica de Aristóteles apresenta-se como retórica de raciocínio, por oposição a uma retórica das paixões.
Retórica e dialética
A retórica dos sofistas é fortemente criticada por Sócrates e Platão e, por isso, é pretendida relativamente à dialética. Para estes filósofos, a dialética é sinónimo de filosofia, o método mais eficaz de aproximação entre as ideias particulares e as ideias universais ou puras; é a técnica de perguntar, responder e refutar. Eles consideram que é apenas através do diálogo, que o filósofo deve procurar atingir o verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e chegando ao mundo das ideias. Pela decomposição e investigação racional de um conceito, chega-se a uma síntese, que também deve ser examinada, num processo infinito que busca a verdade.
Para Aristóteles, a retórica e a dialética são duas disciplinas limítrofes. Ambas partem do verossímil e nenhuma depende da ciência (objetividade da demonstração). Segundo o filósofo:
"A retórica é a outra face da dialética; pois ambas se ocupam de questões mais ou menos ligadas ao conhecimento comum e não corresponde a nenhuma ciência em particular. De fato, todas as pessoas de alguma maneira participam de uma e de outra, pois todas elas tentam em certa medida questionar e sustentar um argumento, defender-se ou acusar".
No entanto, distinguem-se no modo como se empregam. A retórica preocupa-se com a persuasão, enquanto que a dialética se preocupa com o produzir conhecimentos gerais.
Aristóteles define a dialética como a lógica do provável, do processo racional que não pode ser demonstrado. "Provável é o que parece aceitável a todos, ou à maioria, ou aos mais conhecidos e ilustres", diz o filósofo.

Curiosidades
A Retórica de Aristóteles:
Retórica é um texto de Aristóteles. É composto por três livros (I: 1354a - 1377b, II: 1377b - 1403a, III: 1403a - 1420a) e não existem dúvidas acerca da autenticidade da obra.
§        Objetivos da obra:
O objetivo de Aristóteles com sua Retórica é dar um tratamento eminentemente filosófico ao tema em oposição ao tratamento descuidado que os retores e sofistas daquele tempo davam ao tema. De modo mais específico, muitos acreditam que a reflexão aristotélica sobre o tema foi uma resposta à concepção retórica de Sócrates de Atenas. Ao contrário de Platão, que no diálogo Górgias condena a retórica e no diálogo Fedro subordina a retórica à filosofia, a investigação aristotélica acerca da retórica — mesmo que eminentemente filosófica — procura conferir autonomia para a técnica retórica, desvinculando-a da vigilância da filosofia (coisa que Platão discordava por considerar a retórica eticamente perigosa).
§        Resumo da obra:
No livro I, Aristóteles analisa e fundamenta os três géneros retóricos: o deliberativo (que procura persuadir ou dissuadir), o judiciário (que acusa ou defende) e o epidítico (que elogia ou censura). Além disso, argumentos em favor da utilidade da retórica são apresentados bem como uma análise da natureza da prova retórica que é o entimema, um silogismo derivado;
No livro II, o plano emocional é analisado em sua relação com a recepção do discurso retórico. Uma série de elementos, como a ira, amizade, confiança, vergonha e seus contrários são analisados, bem como o carácter dos homens (p.ex. o carácter dos jovens, o carácter dos ricos). Neste livro, também volta-se a analisar as formas de argumentação, são apresentados uma série de tópicos argumentativos, o uso de máximas na argumentação e o uso dos entimemas;
No livro III, o estilo e a composição do discurso retórico são analisados. Além de elementos como clareza, correção gramatical e ritmo, o uso da metáfora e as partes que compõem um discurso também estão presentes neste livro.
Com esta obra, Aristóteles lança as bases da retórica ocidental. Teoricamente, a evolução da retórica ao longo dos séculos representou muito mais um aperfeiçoamento da reflexão aristotélica sobre o tema do que construções verdadeiramente originais.
 Autor (a): Flora Silva